quinta-feira, 19 de março de 2009

Flexibilidade na docência !

Por mais bem fundamentado que seja o planejamento escolar, o professor precisa ter consciência de que alguns imprevistos podem surgir ao longo do ano letivo (e esses sinais não devem ser ignorados).
Tendo em mente que quando um professor não faz um planejamento maleável corre o risco de não alcançar seus objetivos, é preciso ser perceptiva as necessidades dos alunos, por exemplo, essa semana no estágio quando a professora foi explicar a atividade para ser realizada e uma aluna indagou-a afirmando que não lembrava o que o menino Lucas da história fazia; ela disse: “Tia Jéssika, eu não sei quem é Lucas”, pelo fato ter ocorrido dela não se lembrar do contexto do personagem, ao invés, de prosseguir a aula segundo seu planejamento, ela sentiu quer era preciso voltar a contar a história para turma e assim prosseguir a atividade.
O plano é uma previsão, sujeita a erros. Por tanto, nesse dia confirmei a importância da flexibilidade em um professor, até porque é válido ensinar e não cumprir com o planejado. A aprendizagem da criança é que está em questão.
Nesse mesmo dia foi aplicada a atividade de movimentação da palavra QUARTO, tal palavra que se encontra inserida no livro em que se estar trabalhando, a palavra esta contextualizada.
Uma ressalva é que a letra exigida nas atividades é a letra em bastão,que por sinal não é à toa, pois no dia-a-dia das crianças é mais comum encontrar letras em bastão, como nas revistas, anúncios, outdoors, televisão, vídeo-game, até mesmos em objetos infantis em que eles utilizam tanto desde de pequenos costumam ver esse tipo de letra. Ao iniciar um processo de alfabetização com esse tipo de letra facilita o olhar da criança ao seu redor. Por isso , é comum escutar certas falas deles como: “olha essa palavra tem dois c de Caleco” , a comparação feita por eles varia de acordo com que esta sendo proposto como objeto de ensino, talvez um livro, uma atividade, enfim dependendo dos seus conhecimentos acontece uma associação.Feita tal associação já começa a construir conhecimentos.
O próprio Piaget define a assimilação como (PIAGET, 1996, p. 13) : .. uma integração à estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria integração, mas sem descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se à nova situação.
A escola deve partir dos esquemas de assimilação da criança, propondo atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento.
Para construir esse conhecimento, as concepções infantis combinam-se às informações advindas do meio, na medida em que o conhecimento não é concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente pela criança, nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior ou pelos adultos, mas, como resultado de uma interação, na qual o sujeito é sempre um elemento ativo, que procura ativamente compreender o mundo que o cerca, e que busca resolver as interrogações que esse mundo provoca.(http://www.piaget.com.br/).
As atividades tornaram-se essa semana toda em volta do livro utilizado pela escola, sendo assim houve a atividade de escrita da palavra QUARTO e montagem com letras moveis, a reação de algumas crianças sobre a atividade foi passiva, não souberam identificar as letras do alfabeto que era proposto, fazendo com que existi um desinteresse em concluir a atividade, enquanto outros encararam com muita facilidade tanto na montagem quanto na escrita.
Na hora de identificar ainda encontra-se menos dificuldade, através da visão que facilita-os em encontrar as respectivas letras a serem colocadas embaixo, já na escrita grande número da turma senti dificuldade, principalmente os novatos, alguns ainda se encontram em movimentos circulares.
Fonte: Arthur Guimarães mailto:novaescola@atleitor.com.br.

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