quarta-feira, 8 de julho de 2009

Errando que se aprende...

Nessa semana foi introduzida a letra F nos conhecimentos das crianças, mas foi através da relação aos seus conhecimentos anteriores, como o FEIJÃO, FACA, e ao nome da mãe de um aluno da turma FERNANDA, fazendo assim o filho adquirir o conceito da formação da escrita do nome da mãe dele e a turma passa a ter o hábito de relacionar com as pessoas também, não apenas com objetos.
Com a escrita no quadro das palavras citadas acima, logo após foi aplicada a atividade de movimentação com cola colorida da letra F, o contato da criança com os movimentos que formam a letra e depois com o hidrocor fizeram espontaneamente a letra.
O cuidado no momento da escrita é precioso, para alertá-los dos erros porém a liberdade tem que ser respeitada até certo ponto levando-os até a não acertar, oq eu a fase permite, como por exemplo o espelhar, a inversão...
“A psicolínguista argentina, Emília Ferreiro, que muito contribuiu para o processo de alfabetização, acredita que no decorrer do processo de escrita, podemos observar frases em que as crianças invertem letras, trocam sílabas de lugar e espelham números e letras. No entanto, na medida em que crescem passam a se corrigir, sem necessitar, por vezes, de uma reeducação.”
De acordo com muitas escritoras e estudos é comum a troca, a inversão, no começo, por tanto, mostra-se que a pressão ao acerto não é necessário, mas não quer dizer também que seja dispensável, sendo de maneira razoável ao ponto de não afetar o aluno negativamente.
“Ao evitar estes "erros", certamente estaremos interceptando o desenvolvimento natural da criança e impedindo que ela pense, tenha conflitos e os resolva.”
Para LUCKESI (1999), o erro é referenciado por um determinado padrão, o que é considerado correto, ou seja, a partir de um parâmetro estabelecido como “certo”, portanto o que foge à regra colocada é entendido como erro.
De acordo com este autor, “a visão culposa do erro na prática escolar, tem conduzido ao uso do castigo como forma de correção e direção da aprendizagem, tomando a avaliação como suporte de decisão” (p. 48). No passado esses castigos, permitidos pela família e pela sociedade eram muito mais
visíveis.
Tradicionalmente na escola o erro aparece como fonte de condenação e castigo. A grande questão é que as punições afetam o desenvolvimento das pessoas na medida em que estes sentimentos podem se estender, em algumas situações pela vida afora das suas vítimas, envolvendo não só a própria punição,mas estranhamente também a necessidade de castigar os/as outros/as a partir da projeção destes sentimentos de culpa e o que é mais grave: nem sempre de forma consciente, ou seja, o/a opressor/a nem sempre se dá conta de que está oprimindo.
A estagiária do ISE de Pedagogia, deu uma aula para a turma, absorvendo durante os dias anteriores a matéria que foi aplicada podendo basear-se então e formatar o seu plano, no qual foi a movimentação da palavra FESTA, com a letra inicial que estava sendo estudado, e a montagem com palitos da palavra FESTA. As crianças interagiram com ela de maneira agradável, puderam assimilar o conteúdo e ajudaram a conclusão da sua aula programada.

http://www.educareaprender.com.br/Ensino_artigos.asp?RegSel=5&Pagina=2#materia
http://www.rieoei.org/deloslectores/974Gomes.PDF

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