quinta-feira, 18 de junho de 2009

A imaginação sobre as histórias

Contar histórias é brincar com as palavras, sonhos, imaginação, expressões, sentimentos... É deixar, por alguns instantes, de ser você mesmo para assumir um pouco da vida dos personagens. Contar histórias é se entregar aos ouvintes: imaginar como conquistá-los, tentar adivinhar como cada palavra, gesto, expressão repercutirá no interior de cada um.
Segundo Dohme (2000) as histórias são excelentes ferramentas de trabalho na tarefa de educar, pois as crianças gostam muito e se envolvem com a narração. Além disso, existe uma variedade de temas que, para aplicá-las não requer recursos materiais inacessíveis.
Para os autores (Dinorah, 1995; Coelho, 1986; Abramovich, 1989) contar histórias é uma arte, no entanto, não deve ser encarada como um dom nato e inatingível pelo educador. Todos temos um pouco de contador de histórias. Passamos a vida narrando os fatos e acontecimentos do nosso cotidiano.

E para que contar histórias?
Contamos histórias para tocar o ouvinte. Para convidá-lo a conhecer o mundo. Podemos ir a tantos lugares conhecer tantas pessoas e coisas diferentes, descobrir tantos sentimentos. Mas o que queremos mesmo é conduzir o ouvinte a conhecer o seu próprio mundo, o mundo interno.
Em se tratando de um desenvolvimento interno das crianças as histórias desempenham papéis importantes e Dohme (2000, p.19) destaca alguns aspectos relevantes, tais como:
- Caráter: as histórias com heróis, conteúdos que proporcionam lições de vida, fábulas em que o bem prevalece sobre o mal. Por meio das histórias, principalmente, os meninos se defrontam com situações fictícias e com isso adquirem vivência e referências para montar os seus próprios valores;
- Raciocínio: as histórias mais elaboradas, os enredos intrigantes, agitam o raciocínio da criança.
- Imaginação: o exercício da imaginação traz grande proveito às crianças, porque atende a uma necessidade muito grande que elas têm de imaginar. As fantasias não são somente um passatempo; elas ajudam na formação da personalidade na medida em que possibilitam fazer conjecturas, combinações, visualizações como tal coisa seria “desta” ou de “outra” forma.
- Criatividade: uma vez que a criatividade é diretamente proporcional à quantidade de referências que cada um possui, quanto mais “viagens” a imaginação fizer, tanto mais aumentará o “arquivo referencial” e, conseqüentemente, a criatividade.
- Senso Crítico: as histórias atuam como ferramentas de grande valia na construção desse senso crítico, porque por meio delas os alunos tomam conhecimento de situações alheias à sua realidade, uma vez que podem “navegar” em diferentes culturas, classes sociais, raças e costumes.
- Disciplina: é entendida como aceita e praticada espontaneamente pela criança e não como algo imposto inquestionavelmente pelo educador. No momento que trabalhamos com algo que a criança realmente gosta, que sente que foi preparada com carinho para ela as chances de se ter uma postura atenta e participativa aumentam muito.

É bom saber que uma história bem contada surpreende as pessoas, tem o poder de quebrar a rotina e trazer a magia à tona; estimula a criatividade, rompe barreiras, desvenda mistérios, abre portas e pode ser tão especial e marcante para o ouvinte que chega a influenciar na sua maneira de pensar e agir.
Além disso, as histórias nos convidam a entrarmos num mundo que só a leitura nos proporciona, um mundo de conhecimento, de informação, de curiosidades.
Tendo em vista todos esses aspectos teóricos e encarando a importância da atividade de Contação de histórias, é que a Universidade de São Paulo vem mantendo um estagiário, contador de histórias, para atuar nessa função. (DINORAH, M. O livro infantil e a formação do leitor. Petrópolis: Vozes, 1996. 75)


Todos os aspectos relevantes comentados no texto acima a turma vem desenvolvendo de acordo com o tempo em contamos para eles, na sala existe o cantinho da leitura oportunizando o acesso diário, as leituras em grupo, as horas lendo através da imagem cada um em sua mesa com seu livro preferido, normalmente as mais clássicas que são mais reverenciadas e contempladas por várias vezes ao dia, chegando ao ponto de sabê-la de “frente pra trás e de trás pra frente”.
Essa semana a turma teve muitos momentos de contato com os livros inclusive foi iniciado um novo livro didático, Cachinhos de ouro, de Ana Maria Machado.
É incrível como o modo e o comportamento do professor é observado pelas crianças e repetido em situações similares exatamente como fazem com ela.

O tripé de sustentação obrigatória do professor bem sucedido. Quem quiser ser o professor dos próprios sonhos deverá ter em mente sempre três bases de sustentação: conhecimento, método e postura. Conhecimento é o objeto de transmissão de uma aula, é aquilo que os alunos, sedentos ou não, foram buscar e que, nem sempre, os professores têm a oferecer. Entendamos que conhecimento não deve ser confundido com informação, enquanto esta se refere aos dados que os alunos armazenam em suas cabeças, de várias fontes, aquele diz respeito aos atributos necessários à administração destas. Conhecimento é uma espécie de software de gerenciamento de dados. É preciso também que todos saibam que o professor não precisa ser o detentor absoluto de todo conhecimento, deve sim conhecer mais que a média das pessoas para as quais ensina. Nem todo profundo conhecedor de um assunto serve para ensiná-lo. Método é a forma pela qual os conhecimentos sairão da cabeça de quem ensina e serão depositados na de quem aprende. Não basta que alguém tenha algo muito precioso a dizer, é necessário que outras pessoas queiram ouvi-lo. Há professores que, comodamente, depositam todo o fracasso de uma aula, nas costas de seus alunos, pretextando desinteresse. É, na verdade, uma análise simplista, porque alguns podem mesmo padecer de desinteresse, mas seria inimaginável pensar isso de todos. O bom mestre é aquele que checa com freqüência se aquilo que está sendo dito, está sendo captado por seus discípulos. Não existe um método infalível, ele precisa ser modificado segundo os interesses da platéia, da ocasião, do assunto, do orador e da época. Postura é a forma como o profissional se coloca diante dos que o ouvem. Muita gente ainda não se deu conta de que uma simples roupa mal colocada, pode pôr a perder todo um trabalho. É preciso lembrar sempre que os alunos usam uniformes para que possam ser confundidos uns com os outros, para que a vestimenta não seja um fator de discriminação, mas de integração. No caso do professor o efeito é o contrário, é preciso que todos saibam quem é o mestre, o regente do lugar. Portanto, não é aceitável que alguns professores vistam-se para uma aula como se estivessem no clube, na praia, no campo de futebol ou, o que é pior, num baile funk. O mesmo deve ser dito da linguagem utilizada em sala de aula, os termos chulos e vulgares devem ser guardados para o extravasamento da raiva nos campos de futebol (e olhe lá!). Os homens se distinguem pela qualidade de suas falas. Quem não se dá ao respeito, não merece respeito. Não adianta ser um bom professor, é preciso parecer e comportar-se como um. "O aluno é seu fenômeno e seu espelho, nenhum aluno guardará na memória um professor apático e indeciso" "Método é a forma pela qual os conhecimentos sairão da cabeçade quem aprende" http://www.portaldeeducacaomaringa.com.br/ Maringá Ensina)

É muito importante o professor manter a postura em sala de aula para que o exemplo seja o mais correto possível a ser dado.Por tanto na hora que a professora conta as historia com encantamento, articulação,emoção seus alunos também irá contar, assim como acorreu na sala de aula essa semana uma aluna ao encontrar um espaço para falar começou a contar a historia em que estava em suas mãos de forma idêntica de quem cota para ela: a professora.As expressões, as falas, os gestos, as palavras todas exatas ao que a professora usa, chega a ser engraçado.
A movimentação da letra U também foi feita essa semana, contextualizada pela historia cachinhos de ouro que apresenta o Urso pai, mãe e neném gerando oportunidade também de trabalhar o pequeno, médio e grande.
A letra U tem uma movimentação mais fácil, porém detectada algumas dificuldades em alguns alunos a professora individualmente repetiu a movimentação mais seis vezes, para que assimilem da melhor forma.
A historia iniciada essa semana foi amostrada mais concretamente à turma quando fomos à sala de informática assistir ao filme da historia, trazendo as informações através dos recursos tecnológicos, porém não foi encontrado o vídeo e por pedidos da turma foi colocado vídeos de desenhos animados preferidos incomum.
A história não pode ser pensada segundo o esquema determinista (nem, aliás, segundo o esquema dialético simples), porque ela é o domínio da criação.”
(In.: A Instituição Imaginária da Sociedade, 1982 - Ed. Paz e Terra - pag.58)

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